Portugal está na fase fina do Euro 2012. Parabéns para todos. Jogadores, Dirigentes e Treinadores, com especial destaque para Paulo Bento.
Quero no entanto, nesta fase de euforia, expressar a discordância relativamente á forma dita “musculada” como a que Paulo Bento tem por hábito utilizar com os jogadores que comanda e os conflitos que inevitavelmente daí advém.
Pelo que se tem observado, trata-se manifestamente de um complexo de inferioridade, em relação a jogadores do seu tempo de atleta, já que os mais novos têm obviamente uma maior facilidade em o aceitar como líder natural.
Mas mais do que o relacionamento directo com os jogadores, choca a forma como nas entrevistas crucifica quem não está de acordo com ele. Lembremo-nos do caso de Ricardo Carvalho em que lhe chamou traidor. Por muito que este atleta tenha tido um comportamento difícil de aceitar num profissional do seu gabarito, traidor utiliza-se normalmente para caracterizar um comportamento de deserção ou similar em tempo de guerra, ou em actos de espionagem ou de sabotagem contra o País. Estamos naturalmente longe disso, porque do que se trata é só e apenas de Futebol, nada mais do que isso.
Ontem Paulo Bento teve mais uma manifestação de infelicidade, o que nele tal como a “tranquilidade” é um hábito ao afirmar displicentemente que Ricardo Carvalho e Bosingwa “podem sim ir ao Euro, mas como espectadores”.
É feio. E não dignifica o cargo de Seleccionador de Portugal. Bastava tâo só ter ficado calado.
Tal como o comportamento de Carlos Queirós, quando falou na "merda" e nos "polvos", e de Scolari quando andou ao murro com um jogador adversário.
É a sina de Portugal. Má sina por acaso.
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