Estivemos em estado de hibernação durante algum tempo, a meditar na vida e nos acontecimentos vividos no mundo, e a olhar o que se passava à nossa volta, aqui mais perto de nós, em Portugal.
Chegamos a ponderar deixar de manter uma participação com alguma regularidade na Blogosfera. Porque somos uma voz isolada, e porque o facto de escrevermos sob pseudónimo, leva aqueles a quem fazemos alguma crítica, ou os círculos que lhes estão próximos, a desvalorizarem o que se escreve, não por aquilo que se escreve, mas por quem o diz não ser imediatamente reconhecido. Mas apenas porque não querem, dado que as possibilidades da Internet nesse domínio são infinitas. As saudades que eu tenho do Repórter X.
Porém os acontecimentos de ontem levam-me a voltar ao "activo".
As medidas anunciadas por um Primeiro Ministro supostamente compungido podem ser as indispensáveis no momento actual. Se calhar outras ainda mais graves se perfilarão num horizonte próximo. Mas foi este Primeiro Ministro e este Ministro das Finanças que levaram o País para a situação actual. De verdadeira ruína.
Lembram-se das Finanças "saudáveis e controladas" de 2009, que permitiram um aumento de 2,9% da Função Pública e o desagravamento de 1% do IVA em ano de eleições ?
Lembram-se das críticas ferozes às Receitas Extraordinárias que faziam parte do Orçamento de Estado do Governo a que sucederam, e que o vosso comparsa Vítor Constâncio apadrinhou? Então o Fundo de Pensões da PT o que é? Uma dádiva do Céu?
E o cheque de 200 € por criança nascida prometido triunfalmente em plena campanha eleitoral? Foi pura e simplesmente um embuste. Agora, eleitos, até o Abono de Família eliminam.
E os contratos milionários das Parcerias Público-Privadas assinados nas vésperas dos PEC's, para "compor" os Balanços dos Bancos e de algumas Empresas amigas da Industria da Construção Civil? Um atentado à inteligência de quem os sustenta. Nós os contribuintes.
Senhor Primeiro Ministro, parafraseando as suas palavras:
Está para nascer um Primeiro Ministro que tão mal tenha governado este País.
Mas o Senhor ainda tem uma porta de saída. É pela esquerda baixa, mas é uma saída:
DEMITA - SE