Com o inicio da pré-campanha eleitoral, começaram já a publicar-se sondagens acerca dos próximos resultados eleitorais. Os resultados publicados tem-se mostrado previsíveis e próximos daqueles que o comum dos cidadãos pode admitir.
O PS tem mantido previsões sempre à volta dos 30%, ou um pouco mais. Pode até eventualmente vencer as eleições, mas nunca com maioria absoluta. Consegui-la seria a maior surpresa destas eleições e a reabilitação política de José Sócrates, cenário este só admitido, eventualmente, pelo próprio e pelo seu círculo restrito de "compagnons de route".
Por outro lado, o PSD tem atingido valores pouco acima dos 40%. É opinião quase unânime dos analistas, comentadores e outros observadores que deverá ganhar as próximas eleições, podendo ou não atingir a maioria, com ou sem a "muleta" do CDS.
Ora esta análise simplificada das previsões possíveis leva-nos para outro aspecto, e mais importante, da nossa vida política. Qual o Governo que vai sair das próximas eleições ?
Muitas, e sensatas, são as opiniões de que um Governo que incluisse os três Partidos que têm feito parte do chamado "arco governamental", seria o mais indicado nesta fase crucial que a economia e finanças do País atravessam. A última personalidade a pronunciar-se nesse sentido foi o Dr. Almeida Santos. Parece até existir um consenso generalizado sobre a matéria, e a Arqª. Helena Roseta quando afirma ser António Costa uma boa alternativa a José Sócrates, está a escrever o epitáfio deste, e a abrir uma porta para um tal cenário.
Mas voltando ao tema do próximo Governo e admitindo que só um Governo de Unidade, de Salvação, ou com qualquer outro nome, mas com o mesmo desiderato, pode conduzir a uma solução minimimamente estável para o País, e tendo essa solução sido viável no quadro da antiga Assembleia da Republica, não fora José Sócrates, pergunta-se o porquê da ansia deste em manter-se agarrado ao poder. Será que José Sócrates sabe de algo que só estando no Governo está em condições ocultar ao povo português? Vamos esperar para ver.
Porém já que o não fez em tempo oportuno, porque não fazê-lo agora, aproveitando um bom exemplo, finalmente, vindo de Espanha através de José Luiz Zapatero o qual anunciou não se recandidatar à presidência do Governo nas eleições gerais de 2012.
Porque temos de esperar que José Sócrates seja entronizado no próximo fim de semana como Secretário Geral do PS, quando este partido já procura soluções alternativas credíveis para depois da próximas eleições se como é previsivel as perder, para então se demitir e abrir espaço a uma sucessão no partido e espaço a uma solução credível para o País.
Sabe-se que a Democracia é o menor dos males em politica. Mas há limites para tudo.
Post 287