Quinta-feira, 26 de Maio de 2011

O PSD NÃO QUER GOVERNAR PORTUGAL

   Temos como dado adquirido que o PSD tem, conscientemente ou não, estado a criar as condições necessárias para não ganhar as eleições do próximo dia 5 de Junho, e com isso sentir-se desobrigado de participar no Governo qualquer que seja a sua composição, e completamente indisponível para o liderar.

   O partido dispõe dos melhores quadros do País, sendo o seu Presidente Pedro Passos Coelho um homem informado, metódico, cordial, a quem pode eventualmente faltar alguma experiência ao mais alto nível politico, mas como se sabe isso é uma "doença" que passa com o tempo e tem de começar alguma vez para poder passar, não sendo um motivo impeditivo de governar o País, que está com certeza assessorado por um conjunto de pessoas e entidades idóneas que lhe dão a necessária cobertura para a oportunidade do lançamento de temas importantes durante a campanha eleitoral que está a decorrer, e portanto as questões levantadas não são obra do acaso nem fruto de inspiração momentânea.

   Na situação actual do País a posição correcta a assumir pelos partidos durante a campanha eleitoral deveria ser a de não escamotear informação aos eleitores nem fazer uma campanha de promessas irrealizáveis, sendo que os dirigentes dos partidos adversários devem ser confrontados relativamente aos erros cometidos, mas sempre com urbanidade.  A campanha deveria ser esclarecedora relativamente às incontornáveis dificuldades que os portugueses irão sentir inexoravelmente agravar-se a partir do próximo dia 6 de Junho, mas isso já percebemos que ninguém quer assumir.

   Ora o PSD ao lançar para a discussão eleitoral temas como a  Auditoria ao programa das Novas Oportunidades que Passos Coelho considera ser «uma mega encenação no país paga a peso de ouro e uma mega produção que mais não fez do que estar a atribuir um crédito e uma credenciação à ignorância»,  e a reavaliação  da lei do aborto, uma vez que  "passados quatro anos sobre a entrada em vigor do diploma sobre a interrupção voluntária da gravidez, é altura de ver o que correu bem e o que correu mal, com vista a eventuais alterações", está a pretender apagar fogos com gasolina

    É real a absoluta necessidade de esses e de outros importantes dossiers ainda com mais relevância no estado da economia portuguesa, serem devidamente esclarecidos, e um dia serão, mas não é nas penúltima semana da campanha que eles devem vir para a luz da ribalta, uma vez que não há tempo para serem discutidos em profundidade, o que origina um efeito boomerang, dando a oportunidade aos adversários políticos para se aproveitarem deles, como se estão a aproveitar, e atacarem as propostas do PSD as quais têm o efeito de afastar potenciais eleitores, ou seja todos os que foram beneficiados com tais politicas e não as querem ver agora discutidas. E são muitos, sendo as últimas sondagens disso reflexo.

   Em política ter razão antes do tempo é não ter razão.

 

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Livro: Uma Inquietante Simetria
Estado de Alma: Admirado
publicado por Lanzas às 20:27

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Quarta-feira, 25 de Maio de 2011

FRANCAMENTE

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Estado de Alma: Almoçado
Livro: A Arte de Enganar
publicado por Lanzas às 09:27

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Terça-feira, 24 de Maio de 2011

CHOVIA EM LISBOA

   Estávamos em 2014. Era Primavera.

   O Primeiro Ministro, equidistante dos dois Partidos mais votados nas eleições de Junho de 2011, e por eles indicado, num acordo histórico, ao Presidente da Republica depois das referidas eleições para formar governo e que também era apoiado pelo terceiro partido mais votado, que curiosamente podia formar maioria parlamentar com qualquer dos outros dois, em audiência solicitada ao Presidente para o efeito, pediu para que fossem marcadas novas eleições uma vez que o País graças ao esforço de todos os portugueses estava em condições de entrar em normalidade democrática ou seja ser governado pelo Partido que tivesse uma maioria parlamentar que suportasse as suas políticas, um ano antes do previsto no acordo entre os partidos, dado que:

   O défice tinha vindo a reduzir-se gradualmente, estando praticamente nos 3%; O congelamento de pensões mais baixas, tinham tido progressivos  ajustamentos positivos; Era expectável que os ordenados da função pública fossem descongelados no próximo ano; Com a descida da taxa social única as empresas tinham vindo progressivamente a ganhar competitividade e com isso a percentagem de desempregados era, realmente, de um dígito; Algumas PPP tinham sido renegociadas com beneficio para os contribuintes;  A Saúde com a descida do custo dos medicamentos e as melhorias introduzidas no Serviço Nacional de Saúde tinha reduzido o seu peso no Orçamento Geral do Estado; Os professores devidamente avaliados estavam a contribuir decisivamente para a real melhoria do ensino público, sem truques nem magias; Os Açores e a Madeira, estavam a diminuir os seus défices e a reduzir o endividamento; Os impostos tinham estabilizado sem asfixiar os trabalhadores nem as  pequenas e médias empresas ; Face a um conjunto de medidas acertadas os juros da dívida pública reduziram, e com a utilização dos apoios contemplados no Acordo com a troika os Bancos estavam mais capitalizados e a financiar principalmente a industria e a agricultura com spreads razoáveis; A fraude fiscal diminuíra e havia maior transparência nas transacções financeiras com as off shores;  O turismo estava em alta beneficiando da conjuntura internacional que trouxera mais turistas para Portugal; Tinha havido algumas greves sectoriais de protesto contra medidas mais gravosas, mas no seu conjunto os trabalhadores estavam expectantes de uma melhoria das suas condições de vida; A TAP fora nacionalizada e com isso desviaram-se rotas para Madrid, fazendo com que o Aeroporto de Lisboa fosse considerado operacional por mais alguns anos; O TGV vai arrancar numa versão menos rápida e mais barata com menos endividamento público.

   Sobressaltado acordei.

   Era um sonho e chovia em Lisboa. Ou seria em Santiago ?

 

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Livro: À Beira do Abismo
Estado de Alma: Adormecido
publicado por Lanzas às 13:57

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Sábado, 21 de Maio de 2011

O PROLONGAMENTO (DO DEBATE)

    Como não temos a presunção de que Pedro Passos Coelho tenha lido o  Post que intitulamos "Receita para o Coelho" publicado no dia 18, onde expressamos algumas opiniões destinadas a ajudá-lo a  ganhar o debate ontem realizado com José Sócrates, somos levados a concluir que aquilo que escrevemos era demasiado óbvio e portanto já toda a gente sabia.

   Pertencemos ao numero daqueles que têm a convicção de que Passos Coelho ganhou o debate, mas à tangente, quando poderia ter goleado e terminado definitivamente com as expectativas que sobre ele recaem, se tem ou não as condições necessárias para passar à fase seguinte da competição.

   E mantemos a opinião de que precisava  ter ganho folgadamente o debate ontem realizado, para que tal venha a acontecer.

   Era sabido que José Sócrates mensageiro de um programa vago e sem correspondência com a realidade do que está no Acordo celebrado entre o Governo e a chamada Troika, não tendo nenhuma mensagem nova nem mobilizadora para apresentar aos portugueses, e depois de se ter deixado enredar nas "dúvidas" sobre a baixa "significativa" das contribuições das empresas para a segurança social, não porque tenha de estudar o assunto, não porque não saiba o que tem de ser feito, porque sabe, e se não sabe o FMI ensina-lhe, mas porque não quer assumir a realidade do que terá de fazer se ganhar as eleições, não tinha outra alternativa que não fosse atacar o PSD, "que apresentou um Programa concreto, com o qual se pode discordar, mas que é conciso, aponta soluções e metas e tem por base a situação real do País, que goste-se ou não, está plasmada no  Acordo acima referido", e por outro lado atacar pessoalmente Pedro Passos Coelho com um conjunto de "factos concretos" com o intuito de desacreditá-lo junto dos eleitores.

   Mas foi um Sócrates gasto, nervoso, repetitivo, sem chama, sabendo uma coisa que muito o pode desgostar (e se calhar até fazer vir uma lágrimazita ao olho, como é agora a sua nova moda) mas que é a pura e dura realidade: Se o Partido Socialista não ganhar estas eleições é a si, José Sócrates, que tal se deve. Não será a derrota politica de um partido, será a derrota pessoal de um político, que se julga iluminado, e a derrota da sua sombra política, o ainda Ministro Pedro Silva Pereira.

   Passos Coelho não tendo conseguido todos os objectivos, foi uma pena não ter lido o nosso Post,  ganhou o debate e demonstrou que José Sócrates apesar da sua proverbial capacidade para o monólogo, não é o "animal feroz" invencivel em debates que tanto tem sido propalado, bem longe disso, até porque em matéria de credebilidade política estamos falados, não precisa de adversários para perder, derrota-se a si próprio.

   É de lamentar que Pedro Passos Coelho tenha falhado o penalty decisivo da sua intervenção final ao não ter salientado claramente dois/três, dos muitos aspectos negativos da governação socialista, sobretudo nos últimos três anos, e que nos conduziram ao estado em que actualmente nos encontramos, para ter ganho folgadamente o debate.

   Assim vai a prolongamento. Esperamos que não acabe o jogo com uma vitória moral.

 

{#emotions_dlg.chat}Post 328

Livro: Corre, Coelho
Estado de Alma: Eleitor
publicado por Lanzas às 15:27

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Sexta-feira, 20 de Maio de 2011

AS NOVAS OPORTUNIDADES

(E A QUALIFICAÇÃO DOS PROFESSORES)

   O ainda PM referiu recentemente as que considera serem as medidas de sucesso dos seus seis anos de governação em matéria de educação, ciência e qualificação, apontando esta última como um factor importante para o reforço da competitividade da economia portuguesa, e  tendo dado como exemplo o programa Novas Oportunidades que classificou como "uma tentativa séria e honesta de responder" ao problema de falta de qualificação no país, lembrando ainda que as Novas Oportunidades foram já objecto de uma avaliação por parte da Universidade Católica, criticando por isso aqueles que querem que seja feita uma Auditoria ao programa.

   Como sempre José Sócrates, "baralhou e voltou a dar" bem sabendo que estava a falar de coisas diferentes. A referida avaliação, como aliás a própria UC já referiu, tem como objectivo apurar o grau de satisfação dos que frequentaram o programa Novas Oportunidades, e que como se pode calcular atinge taxas elevadas pois o mero cumprimento das cargas horárias estabelecidas, sem metas concretas nem avaliação final, é suficiente para os "frequentadores" conseguirem a obtenção de um grau académico que em muitos casos serve de base para o acesso à Universidade em confronto com alunos dos cursos regulares sujeitos a avaliação e exames.

   Outra coisa é uma auditoria ao Programa, aos custos, aos objectivos e à execução. Porque há  perguntas  simples a fazer, para as quais é preciso obter respostas, que definem com clareza o facilitismo com que o Programa foi concebido e executado. Quantos pessoas frequentaram o Programa ? E quantas não obtiveram aproveitamento?  Simples não é? 

   Não tenhamos dúvidas, o programa foi concebido e executado tendo em vista a melhoria das estatísticas e para servir de propaganda, matérias que José Sócrates muito aprecia, e de que muito beneficiou, com base num facilitismo exagerado que não qualifica nem ajuda na obtenção de competências.

   Já o programa de Certificação de Conhecimentos se reveste de um aspecto diferente e francamente positivo. Dirigido para pessoas que abandonaram a escola com baixa escolaridade mas que ao longo da sua vida profissional aprenderam, obtiveram competências e especializações, em diferentes contextos e circunstâncias, o programa valoriza e reconhece essas competências adquiridas, atribuindo-lhe uma certificação que lhes permite por exemplo concorrer a lugares para os quais têm aptidão, mas que a falta de habilitações formais as impediam de conseguir.

   Esta sim, uma medida importante com reflexo directo na vida das pessoas. 

 

{#emotions_dlg.chat}Post 327

Livro: Mentes Brilhantes, Mentes Treinadas
Estado de Alma: A Pregar no deserto
publicado por Lanzas às 20:26

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A AVALIAÇÃO DOS PROFESSORES

(E AS NOVAS OPORTUNIDADES) 

 

   O PSD tem a enorme capacidade de dar tiros nos pés, falando fora de tempo sobre assuntos em que tem razão. Agora foi o caso da educação, com as Novas Oportunidades, em que uma avaliação rigorosa e independente de todo o processo é na verdade importante, mas não era o momento oportuno para colocar o tema em cima da mesa. Tal como o chumbo da avaliação dos professores numa votação "ao molho" efectuada numa das últimas sessões plenárias da Assembleia da Republica, o que se revelou uma atitude demagógica, para ser simpático, unicamente destinada a tentar captar votos numa área importante de eleitores: Os professores. Não era o tempo nem o modo certos para uma medida daquelas.

   Lançadas durante o consulado Sócrates estas foram duas boas medidas na sua essência, mas cuja aplicação na prática se mostraram num caso desajustadas e noutro virada para as estatísticas e para a propaganda fácil, matéria em que o ainda PM é exímio. Digamos mesmo que em termos políticos é a única matéria (a propaganda) em que revela qualidades. Falemos hoje sobre a Avaliação dos Professores:

   Trata-se de uma necessidade imperiosa. Tal como em qualquer outra actividade pública ou privada, não se concebe que alguém possa progredir numa carreira por inércia aproveitando o simples passar dos anos para ser promovido ou ganhar mais. Professores há que recusam qualquer forma de formação, reciclagem ou de adaptação à evolução tecnológica ou pedagógica. Não merece a pena abanar a cabeça, pois são inúmeros os casos concretos. 

   A grande crítica que deve ser feita ao modelo de Avaliação existente é a forma como são nomeados os Avaliadores. Deveria existir uma equipa de avaliadores independentes que com critérios uniformes avaliasse no País inteiro quem tinha de ser avaliado. Fazer acrescer à actividade normal de um professor uma nova área de actuação que uns por princípio (os que estão contra a avaliação) e outros tão simplesmente  devido ao aumento da carga horária que tal implica, recusam liminarmente uma participação activa no processo, e ao ser-lhes objectivamente imposta essa tarefa via indeferimento dos requerimentos a pedir escusa, origina situações também de injustiça para os professores avaliados.

   Escolas existem onde professores se avaliam mutuamente; onde existem avaliadores e avaliados, com vinte e mais anos de permanência na mesma escola com as cumplicidades que tal facto proporciona, o que leva a que a presença do relator (avaliador) em aulas assistidas seja nalguns casos uma mera formalidade, para a proposta de atribuição de "muito bom" ou "excelente", não sendo de excluir uma ou outra vingançazita por motivos políticos, pessoais etc.

   No fim de contas somos todos portugueses, não é verdade ?

   Ora era aí que o PSD devia fazer incidir a sua intervenção pedagógica e mostrar que a avaliação é indispensável; que não é uma grelha de avaliação, a qual pode ser sempre melhorada, a causa do problema; que não é uma "auto avaliação" que qualquer professor rigoroso exige aos seus alunos no final de cada trimestre que deve ser evocada como um aumento incomportável da carga de trabalho dos professores avaliados; partindo para a criação de uma equipa de Avaliadores multidisciplinar, competente, especializada, motivada e credível,  dedicada exclusivamente  a essa tarefa, com o que tornaria o modelo de avaliação capaz de ser potencialmente aceite por todos.

   Aproveite-se o que de bom já foi feito na matéria, apesar do erros iniciais existe muito trabalho bom efectuado, e corrija-se o que pode ser melhorado.

   Para bem de todos:  Professores, Alunos e do País em geral.

 

   AS NOVAS OPORTUNIDADES ... (Post 327)

 

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Estado de Alma: Professor
Livro: Pais Brilhentes, Professores Fascinantes
publicado por Lanzas às 15:17

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Quarta-feira, 18 de Maio de 2011

RECEITA PARA O COELHO

   Está a chegar ao fim a fase da pré-campanha eleitoral, e consequentemente os debates entre os candidatos dos partidos actualmente com assento na Assembleia da Republica.

   Sem nos determos sobre aqueles que já foram  efectuados, os quais globalmente tiveram aspectos positivos, queremos sobretudo deixar aqui, atempadamente, uma mensagem para o ultimo debate a realizar-se na próxima sexta feira entre José Sócrates e Pedro Passos Coelho.

   O Partido Socialista apresentou-se a estas eleições com um conjunto de ideias gerais, sem correspondência com a realidade vivida pelo País, as quais poderiam ter servido para as eleições de 2005 ou 2009, mas que face à situação actual valem muito pouco, e estou a ser simpático, apostando tudo na capacidade que se reconhece ao seu líder para "vender" meia duzia de ideias feitas,  "marteladas" sistematicamente, que continuam a fazer mossa nos adversários.

   Nas hostes socialistas, chegados a este ponto "do campeonato" sem que tenham existido rombos de maior no porta-aviões, o seu Secretário Geral, tendo conseguido o inacreditável êxito de  desacreditar os Partidos que não tinham apresentado  o respectivo programa eleitoral antes dos debates, como se o próprio tivesse alguma consistência, e por outro lado atacando violentamente o único partido, o PSD, que apresentou um Programa concreto, com o qual se pode discordar, mas que é conciso, aponta soluções e metas e tem por base a situação real do País, que goste-se ou não, está plasmada no Acordo celebrado entre o Governo e a chamada Troika, a sensação é de vitória.

   Ora Pedro Passos Coelho ainda dispõe, neste momento, de 20 minutos para ganhar estas eleições. É o seu tempo no próximo debate de sexta feira. E isto porque se não ganhar folgadamente o debate, as eleições estão perdidas.

   O que terá  então de  fazer para conseguir esse desiderato? Não é simples, mas não é de todo impossível. Desde logo eleger quatro/cinco pontos fortes do seu programa eleitoral, que os tem, para fazer renascer alguma esperança aos eleitores desesperados e repeti-los à saciedade. Ignorar o seu contendor, José Sócrates, que vai necessariamente provocá-lo com um conjunto de "factos concretos" para o desacreditar à vista dos eleitores, não respondendo nunca a nenhuma dessas provocações, deixando José Sócrates falar sozinho.

   Não interromper em nenhuma circunstância José Sócrates e não deixar que este o interrompa. Caso José Sócrates insista, e vai fazê-lo de certeza, pura e simplesmente deve calar-se, esperar que o moderador lhe devolva a palavra e continuar a expor as suas ideias ignorando em absoluto o que o adversário tenha dito.

   Nas respostas às questões colocadas pelo moderador deve ser correcto e concreto, mas sem se deixar desviar dos pontos que elegeu para apresentar soluções para o País.

   Deve resistir, durante as suas intervenções a qualquer referência negativa quer ao PS, quer a José Sócrates e às suas politicas e erros passados, utilizando esses vinte minutos exclusivamente para fazer renascer a esperança do Povo português ao apresentar os pontos positivos do seu programa eleitoral.

   E no minuto final disponha então de 30 segundos para salientar  dois/três, dos muitos, aspectos da governação socialista que nos conduziram ao estado em que actualmente nos encontramos, e os outros 30 segundos para desejar boa sorte ao candidato José Sócrates na sua vida pessoal depois de perdidas as eleições.

   A receita está dada. Agora é consigo "cozinhar" o seu adversário. Se o não fizer pode-se discutir como vamos comer o Coelho. À caçador, estufado, guisado, com arroz, na brasa, como quisermos.

   Mas quem está frito é Portugal.

 

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Estado de Alma: Un gourmet
Livro: A Fala da Memória
publicado por Lanzas às 09:25

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Segunda-feira, 16 de Maio de 2011

PORTUGAL, A DÍVIDA E AS SUAS CIRCUNSTÂNCIAS

   Tal como para o filósofo José Ortega y Gasset (1883-1955), "cada homem é ele e a sua circunstância", também Portugal é a Dívida e as suas circunstâncias.

   Perante o descalabro que eram, e são,  as nossas contas públicas, é evidente que teve de ser feito um ponto de ordem à situação vivida

. Para que a história o registasse e para que seja possível começar uma nova caminhada, mas tal como perante os dramas nas nossas vidas privadas, não podemos, nem devemos, esquecer mas também não podemos estar permanentemente a evocar o sucedido.

   Tendo hoje os Ministros das Finanças da União Europeia dado luz verde definitiva ao pacote de ajuda a Portugal, no valor de 78 mil milhões de euros, uma nova fase das nossas vidas vai agora começar. Deixamos de estar, enquanto País, com o credo na boca para pagar as contas de "mercearia", como qualquer mortal que vê aproximar-se inexoravelmente o dia oito e não tem o dinheiro para pagar a renda de casa, embora nos tempos actuais isso seja menos gravoso do que antigamente quando o espectro da vergonha que tal representava era muitas das vezes um drama com desfechos imprevisiveis. Agora  o senhorio depois de recorrer para os Tribunais, terá sempre à sua frente  pelo menos um anito sem receber a renda. Garantidamente. Então o inquilino partirá para outra, e haverá sempre outro senhorio menos escaldado que embarcará.

   Se vivêssemos num País devidamente informado, com uma liderança forte, intelectual e politicamente honesta, não seria definitivamente alarmante o estado a que nos conduziram e em que nos encontramos mergulhados. Seria possível reverter a situação.

   O drama é que, por agora, andamos entretidos com as eleições e assim vamos continuar por mais três semanas, mas quando estas acontecerem e por aquilo que as sondagens indiciam vamos dar inicio a mais um deplorável capítulo  da nossa História. Com os dois principais partidos empatados com uma votação  na ordem dos 32/33 % e o CDS na perspectiva de ter votos suficientes para  fazer "pendant" com qualquer deles, nada de bom se perspectiva, pois não são visíveis soluções duradouras que nos permitam cumprir as exigências decorrentes de um Acordo duro, difcil de cumprir, que vai suscitar protestos, greves, manifestações e sei lá que mais.

   Admitimos que a primeira "tranche" do empréstimo venha, mas quanto às seguintes, pendentes do cumprimento de objectivos rigorosos, suscitam-se profundas reservas.

   Porventura vai ser preciso "inventar" uma qualquer nova fórmula de Governo. Mas cuidado pois poderá ser aberta uma caixa de Pandora.

   Com resultados imprevisíveis.

 

{#emotions_dlg.chat}Post 324

Livro: Bairro da Lata
Estado de Alma: Endividado
publicado por Lanzas às 22:16

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Segunda-feira, 9 de Maio de 2011

DEBATE JOSÉ SÓCRATES - PAULO PORTAS

   No debate de hoje na TVI defrontaram-se, em nossa opinião, os prováveis parceiros do novo Governo a sair das eleições legislativas a realizar no próximo dia 5 de Junho.

   Com efeito cruzando a nova posição assumida pelo PSD de não querer governar em conjunto com o PS e os resultados que têm vindo a ser divulgados das sondagens efectuadas até agora, em que a conquista de uma maioria absoluta por parte de qualquer partido parece estar completamente fora de causa, e uma maioria PSD em conjunto com o CDS também não é liquida, parece ser esta a única solução alternativa para que o País não entre em roda livre.

   Antecipando esse cenário José Sócrates e Paulo Portas conduziram um debate sem confrontações de maior, com uma troca de galhardetes que permitiu não fechar nenhuma porta  e onde na verdade tudo cabe, apenas tendo faltado a declaração formal de que assinarão um Acordo de Governação.

   Não vem mal ao mundo se tal acontecer. É sempre preferível este cenário, a que o PS governe sozinho. Para disparates já basta o que basta.

   Assim sempre haverá a possibilidade de controlar os ímpetos megalómanos e despesistas de José Sócrates, e no tempo que um Governo desses durar o PSD poderá aproveitar para fazer a sua enésima travessia do deserto e encontrar finalmente o seu D.Sebastião. Alguém com credibilidade suficiente junto do eleitorado, e que possa de forma duradoira ajudar a transformar Portugal.

   Ou em alternativa permitir o aparecimento na cena política portuguesa de um novo Partido com uma politica mobilizadora de todos os portugueses, que permita encarar o futuro com a esperança de sermos felizes.

   Porque até isso a actual classe politica tirou aos portugueses.

 

{#emotions_dlg.chat}Post 321

Livro: Cantigas da Inocência e da Experiência
Estado de Alma: Debatido
publicado por Lanzas às 23:15

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Domingo, 8 de Maio de 2011

PORTUGAL, SA

   Analisado o Acordo celebrado entre as Instituições Internacionais e o Governo Português, o qual obteve igualmente o acordo, ou pelo menos a sua aceitação, por parte dos outros dois partidos do chamado arco governamental, verifica-se que Portugal dispõe finalmente de um Programa de Governo para os próximos três anos com áreas de actuação perfeitamente identificadas, objectivos concretos definidos e com prazos precisos para a sua execução, ao contrário do que tem sucedido até agora com  os sucessivos Governos em que os Programas apresentados se limitavam a um arrazoado que ninguém lia, poucos conheciam, e só servia para ser utilizado como arma de arremesso à oposição, quando os Governos pretendiam impor alguma medida por mais estafurdia que fosse, utilizando o sacrossanto argumento: "Tal como consta no Programa do Governo".

  Ao contrário da paranóica NÃO APRESENTAÇÃO do Acordo por alguém que não se sente constragido em dizer hoje  exactamente o contrário do que disse ontem, trata-se um programa que vai sair da "pele" dos portugueses. Mas que neste caso, apesar de tudo, merece uma melhor aceitação por parte da generalidade do País pelo facto de fazer acreditar ser possível reverter a politica económica desastrosa que tem sido seguida, e que pode se bem explicado e melhor aplicado servir de base para uma mobilização geral para fazer face ao desastre anunciado.

   Porém, mais do que os conteúdos do Acordo, o que verdadeiramente nos deve preocupar é a sua aplicação concreta. Em termos estritamente profissionais não seria nada do outro mundo. Um bom Gestor de Empresas com este Acordo numa mão, um Manual Político de Instruções na outra, e uma remuneração atractiva, com um bom prémio por objectivos, dispondo de autonomia para escolher a sua equipa e evitar intromissões no seu trabalho que não fosse a obrigatoriedade da apresentação regular e calendarizada dos resultados obtidos para permitir a verificação da prossecução dos objectivos definidos, conseguiria esse desiderato com relativa facilidade.

   Por isso temos pugnado para que por uma vez, uma única vez, os Partidos responsáveis leia-se (PS e PSD, eventualmente com o CDS) se pusessem de acordo, antes das eleições, para a apresentação conjunta da Figura que viria a Chefiar o próximo Governo durante os próximos três anos, durante os quais executaria as medidas consignadas no Acordo já subscrito, bem como as que viessem a constar do Manual Político de Instruções emanado desses mesmos Partidos.

   Se isto for inconstitucional, e não me parece que o seja, então aplique-se o mesmo princípio definido pelo Governo quando dos cortes da remuneração dos funcionários públicos: "Há princípios que se sobrepõem, (à Constituição) nomeadamente o interesse público de assegurar a sustentabilidade das contas públicas."

   Aos Partidos caberia fazer aprovar as Leis emanadas desse Governo as quais permitiriam a concretização dos objectivos traçados; fazer a pedagogia democrática junto da população; reciclar os seus Dirigentes e prepará-los para os desafios aliciantes que a partir de 2014 poderiam protagonizar, depois uma escolha democrática por parte dos eleitores.

   Pode dizer-se que estou a sonhar. É capaz de ser verdade... mas atenção ao poema de António Gedeão :

                                                                                                               

                              Eles não sabem, nem sonham,
                              Que o sonho comanda a vida,
                              Que sempre que o homem sonha 
                              O mundo pula e avança
                              Como bola colorida
                              Entre as mãos de uma criança.

 

       {#emotions_dlg.chat}Post 319

 

Estado de Alma: A Sonhar
Livro: Audácia da Esperança
publicado por Lanzas às 15:57

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