Segunda-feira, 15 de Outubro de 2012

HÁ PRAXES FIXES. HÁ PRAXES QUE SÃO UMA VERGONHA!

   Declaração de Interesses: Tenho alguma aversão intrínseca às praxes.

   Ano após ano as praxes académicas,  durante as quais são sempre assinalados inúmeros casos de violência física e psicológica sobre os caloiros, incluindo abusos sexuais, tal como as andorinhas na Primavera, estão de volta a partir de meados de Setembro.

   As praxes académicas que são um resquício do que foi a jurisdição especial do “foro académico”, na época distinto da “lei civil”, deveriam ser por definição um conjunto de práticas salutares destinadas a contribuir para uma melhor adaptação e integração dos novos alunos que ingressam no ensino superior e portanto muito úteis.

    Sucede que quando  estas práticas são mal interpretadas ou mal exercidas, tendem a criar a ilusão de um poder, ainda que efémero, sem controlo, que provoca vertigens tornando as praxes académicas um tema controverso sem que a sociedade em geral se interrogue, como devia, sobre a violência desnecessária e gratuita praticada ao abrigo das mesmas.

   Os seus defensores sustentam que as praxes académicas facilitam o relacionamento entre os caloiros e os veteranos, que os podem ajudar ao longo da sua vida académica.

   Porém o que se verifica na prática é que alguns veteranos, sobretudo os mais novos entre estes, se transformam em pequenos tiranetes por vezes devido aos espíritos toldados por excessos de consumos, infligindo (é o termo), sem controlo, verdadeiras torturas que se aproximam em muito da coação física, mental e psicológica das vítimas, os caloiros.

   Quando entram em roda livre, normalmente acabam mal. 

   Em Abril deste ano foram suspensas as praxes em Coimbra, por decisão do Conselho de Veteranos, depois de duas caloiras se terem queixado de atropelos às normas e de terem sido atingidas por veteranos na cara e na cabeça.

   Já neste novo ano lectivo foram suspensas as praxes da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Beja (ESTIG), que integra o Politécnico desta cidade.

   Num comunicado divulgado pelo curso de Gestão de Empresas da ESTIG, lê-se que "a colega não executou qualquer tipo de esforço físico ou foi sujeita à prática de qualquer praxe psicológica", o que por si só representa a assunçao de que tais práticas são habituais.

   Outras praxes traduzem-se em manifestações gratuitas e atitudes no mínimo ridículas. Quem, por exemplo, atravessar com alguma regularidade os jardins que circundam o campus da Cidade Universitária em Lisboa, nomeadamente em frente da Faculdade de Ciências, pode assistir durante praticamente todo o ano lectivo ao degradante espetáculo público oferecido, em que sobretudo as caloiras são vitimas de constantes provocações de cariz de sexual estimulando o seu espírito de represália para com as sua futuras vítimas, os próximos caloiros.

   As horas gastas por esse país fora, por dezenas e dezenas de jovens, na flor da idade, “doutores” e caloiros, se fossem utilizadas em atos de solidariedade para com a sociedade, por exemplo a prestar ajuda a Instituições de Apoio a Doentes e Pessoas Carentes e outras similares, aprofundaria os laços solidariedade entre diferentes gerações e entre a sociedade civil e a academia e ajudaria a uma integração saudável dos novos estudantes.

   Felizmente já existem casos merecedores dos maiores encómios, dentro desta linha de actuação, de que realço dois, dos quais tive conhecimento através da imprensa:

   Numa iniciativa da Associação de Estudantes do alunos do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, cerca de 400 caloiros e outros tantos “veteranos” encheram-se de brio e munidos de rolos, trinchas e 1500 litros de tinta apagaram ‘graffitis’ e taparam fendas que enchiam a capela, a escola primária, os balneários e o centro de saúde, vizinhos do seu estabelecimento de ensino superior, no bairro da Ajuda, em Lisboa.

   “As praxes estavam a tornar-se demasiado iguais, se calhar demasiado violentas”, justificou o presidente da Associação de Estudantes do ISCSP.

   E um caloira realçou o "dois em um da iniciativa, que a dispensa de praxes mais constrangedoras, pois para além de estarem a ser praxados, estavam a ajudar a comunidade".

   Noutra iniciativa, desta vez da Faculdade de Direito da Universidade Católica (Lisboa) os caloiros embalaram cerca de 1500 Kits de material escolar, recebidos pela Instituição Entrajuda, para distribuir por crianças carenciadas.

   Em resumo:

   HÁ PRAXES QUE SÃO FIXES. HÁ PRAXES QUE SÃO UMA VERGONHA!

publicado por Lanzas às 09:47

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Quarta-feira, 10 de Outubro de 2012

PALAVRAS PARA QUÊ ?

Estado de Alma: Amargurado
publicado por Lanzas às 11:07

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Quarta-feira, 18 de Abril de 2012

A FESTA DA EDUCAÇÃO

   A ex-Ministra da Educação Maria de Lurdes Rodrigues foi à comissão de inquérito a decorrer na Assembleia da Republica sobre a Parque Escolar argumentar que com o programa de renovação das escolas que levou a cabo "se assistiu a uma oportunidade para realizar obra sólida e de qualidade" para fazer face a uma situação quase de calamidade como aquela que se vivia, e para provar o que dizia apresentou com ênfase fotografias de situações absolutamente degradantes. 

   Sucede que não está em causa a realização de obras mais do que necessárias que, com desleixo, levou quase quatro anos a implementar. O que está em causa são os seus custos mais do que inflacionados e verdadeiramente insuportáveis para um País em crise, fruto de um desgoverno de que também é cúmplice.

   Quase sempre ganhou a arquitectura e a economia (de alguns), ao bom senso e à razoabilidade.

   Claro que melhoraram as condições dos edificíos, melhor fora, ainda que a qualidade de grande parte dos trabalhos realizadaos não resistissem a uma fiscalização medianamente exigente, os quais em muitos casos  a breve trecho vão precisar de novas intervenções.

   "Foi uma Festa para o País", disse a ex-Ministra.

   Sucede que nas festas uns comem caviar e bebem champanhe francês, e outros lavam os pratos e os copos.

   Sabemos quem está, e estará por muitos mais anos, de faxina a lavar os pratos e os copos, que é como quem diz a pagar, com língua de palmo, os impostos necessários para fazer face aos devaneios (?) de quem fez festas com o dinheiro dos outros.

   O povo português.

   Do que se anda à procura é de quem comeu (e bebeu) do bom (e do melhor).

   E quanto.

   Por acaso não sabe?

 

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Estado de Alma: A pagar com lingua de palmo
Livro: O Estado em que Estamos
publicado por Lanzas às 09:57

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Quarta-feira, 16 de Novembro de 2011

O EURO DE 2012 E A MÁ SINA DOS SELECCIONADORES

   Portugal está na fase fina do Euro 2012. Parabéns para todos. Jogadores, Dirigentes e Treinadores, com especial destaque para Paulo Bento.  
   Quero no entanto, nesta fase de euforia, expressar a discordância relativamente á forma dita “musculada” como a que Paulo Bento tem por hábito utilizar com os jogadores que comanda e os conflitos que inevitavelmente daí advém.  

   Pelo que se tem observado, trata-se manifestamente de um complexo de inferioridade, em relação a jogadores do seu tempo de atleta, já que os mais novos têm obviamente uma maior facilidade em o aceitar como líder natural. 
   Mas mais do que o relacionamento directo com os jogadores, choca a forma como nas entrevistas crucifica quem não está de acordo com ele. Lembremo-nos do caso de Ricardo Carvalho em que lhe chamou traidor. Por muito que este atleta tenha tido um comportamento difícil de aceitar num profissional do seu gabarito, traidor utiliza-se normalmente para caracterizar um comportamento de deserção ou similar em tempo de guerra, ou em actos de espionagem ou de sabotagem contra o País. Estamos naturalmente longe disso, porque do que se trata é só e apenas de Futebol, nada mais do que isso.

   Ontem Paulo Bento teve  mais uma manifestação de infelicidade, o que nele tal como a “tranquilidade” é um hábito ao afirmar displicentemente que Ricardo Carvalho e Bosingwa “podem sim ir ao Euro, mas como espectadores”.

   É feio. E não dignifica o cargo de Seleccionador de Portugal. Bastava tâo só ter ficado calado.

   Tal como o comportamento de Carlos Queirós, quando falou na "merda" e nos "polvos", e de  Scolari quando andou ao murro com um jogador adversário.

   É a sina de Portugal. Má sina por acaso.

 

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Livro: 100 Regras Para a Vida
Estado de Alma: A ver navios
publicado por Lanzas às 15:57

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Terça-feira, 18 de Outubro de 2011

CASA DOS SEGREDOS ? SIM, MAS ...

   Não pertencemos ao número dos que em conversa com amigos afirmam categoricamente nunca ter visto um episódio de uma qualquer telenovela, um Realty Show, ou mesmo uma sessão sequer de um concursozito, mas que no decorrer da mesma conversa, deixam cair uma opinião, um comentário, ou pelo menos uma referência aos mesmos, sempre escudados no "vi por acaso, quando estava a fazer zapping”, “contaram-me” ou “a minha mulher comentou comigo”.

   Pertencemos sim ao grupo daqueles que sabem que os aparelhos de televisão, ou os seus comandos, têm dois botões básicos, ou apenas um com as duas funções, ON/OFF.

   Quando o ON não me agrada carrego no OFF e sigo em frente para outros entretimentos. Escrever, Ler, ou simplesmente “mandriar”, que é como quem diz olhar pela janela e imaginar coisas que não lembram nem ao diabo

   Vem este arrazoado a propósito do programa “Casa dos Segredos” transmitido no passado Domingo, do qual vimos uma parte substancial.

   Temos de Teresa Guilherme, a apresentadora do programa, a opinião de que se trata de uma pessoa equilibrada, culta, sensível, talhada para um programa daqueles, até pela forma alegre e brejeira que imprime ao programa, o que está no espírito do mesmo, e por uma característica muito própria:

    - “Fala” com as mãos. (e com os olhos).

   No entanto no passado Domingo Teresa Guilherme prestou um mau serviço na salvaguarda da dignidade das pessoas. Sabe-se que quem aceita participar num programa com aquelas características está disposto a "despir-se" perante os telespectadores. E a nudez física é a que menos conta. Despem-se intelectualmente, moralmente e até psicologicamente.

    No entanto ter cilindrado, até à exaustão, uma concorrente cujos limites dos seus conhecimentos de geografia não ultrapassam os contornos da sua própria terra natal foi desumano.

   Não a terá humilhado porque a “inocência” da concorrente só é ultrapassada pela sua ignorância, e está disposta a sujeitar-se a tudo, mesmo tudo, para continuar a ter o protagonismo que a torne no ícone da Sociedade de Recreio da sua terra, e a estar por perto do "seu" Marco.

    Aquele não é um programa destinado a revelar a cultura geral dos concorrentes, a sê-lo aquela concorrente não se teria atrevido a participar, digo eu. É tão só um programa de fait-divers, uma mostra de frivolidades, culturismo e de passagem de modelos, quanto mais despidos melhor.

   A Teresa Guilherme competia-lhe não “desconstruir” uma concorrente daquela forma. Não a dignifica. À Teresa Guilherme, não à concorrente.

 

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Livro: A Casa do Rio
Estado de Alma: Nomeado
publicado por Lanzas às 09:57

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Sábado, 1 de Outubro de 2011

UMA DAS NOITES DE PRAXES

   Na última quinta feira pelas 9 horas da manhã a Av.do Parque das Nações entre o rio e a zona dos restaurantes apresentava o aspecto que a fotografia documenta.

   Era o rescaldo de uma das noites de Praxes Académicas.

   Sem quaisquer juizos de valor, apenas a constatação.

 

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Livro: Por Favor não Matem a Cotovia
Estado de Alma: Praxado
publicado por Lanzas às 13:37

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Quarta-feira, 28 de Setembro de 2011

A CRISE SEMPRE SERVE PARA ALGUMA COISA

   Afinal, sabe-se agora, a crise económica e financeira que o mundo em geral atravessa apresenta algumas vantagens que não são despiciendas.

   Todos conhecemos muitos casos de crianças de seis, sete anos que jantavam às 10/onze horas da noite e faziam os chamados TPC (trabalhos de casa), literalmente a dormitar em cima dos livros ou dos cadernos, depois de dias que eram autenticas maratonas.

   Depois de se levantarem em muitas situações antes das sete da manhã para serem transportados para a escola, pelos pais, familiares ou pelos transportes escolares, onde cumpriam o horário normal de escolaridade, iniciavam ao fim da tarde correrias incessantes destinadas a cumprir horários de disciplinas extra que não lembravam ao Diabo. Ginástica, ballet, judo, musica, artes plásticas e mais um infindável rol de actividades "didácticas" que lhes consumiam o resto da energia, torravam uma parte do orçamento familiar e não davam espaço para as suas indispensáveis, e saudáveis, brincadeiras.

   Mas não havia nada a fazer. A Micas, a Mitó, o Paulinho o Afonso, e todos os outros betinhos da escola e da vizinhança andavam nessas andanças e  portanto os nossos não podiam ficar trás se não deixavam de estar no grupo dos eleitos.

   E aos fins de semana a actividade não era menor. A equitação, o ténis, o basquetebol ou a escolinha de futebol, sim porque o rapaz tem jeito, e pode ser um futuro Cristiano, também não davam descanso.

   Os pais "ganharem" uma ou duas horas a brincarem com os filhos? Como se não havia tempo para nada

   Afinal a crise veio colocar um travão nesta falta de bom senso, mascarada com " o que havemos de fazer? É um sacrifício, mas é para bem dos nossos filhos"

   Costuma dizer-se que o homem põe mas as circunstâncias, ou a natureza  segundo uns e Deus segundo outros, dispõem.

   E os pais a quem o aperto do cinto obriga a restringir, e em alguns dos casos eliminar completamente, as actividades extra curriculares dos rebentos acabam descobrindo, actividades e brincadeiras com as quais nem sonhavam e que podem tornar as suas crianças, e eles próprios, mais felizes.

   Estudos recentes nos EUA revelam que crianças que passam pelo menos uma hora por dia a brincar com os pais são menos sujeitas stress e mostram ser mais felizes.

   Se realmente assim for, a crise sempre serviu para alguma coisa.

 

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Livro: A Arte de Amar
Estado de Alma: A brincar
publicado por Lanzas às 09:17

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Segunda-feira, 19 de Setembro de 2011

O "FADO" DA MADEIRA

    Não deixa de ser irónico que seja o seu Partido – o PSD - a indicar a Alberto João Jardim a saída da cena política, pela esquerda baixa, mas vai ser inevitável, se este não resolver sair pelo seu próprio pé.

   Depois de mais de 30 anos a somar vitórias, para si mas também para o Partido, sendo que em algumas dessas eleições a Madeira foi o único sítio onde o PSD venceu, Alberto João Jardim transformou-se do problema que sempre foi, no bode expiatório de todos os males que acontecem neste País. O que nos faz lembrar um conhecido “boneco” de um programa humorístico de Jô Soares que sempre que era preso, gritava alto e bom som: “Só eu? e cadé os outros?”

   É certo que Alberto João Jardim, para além de ser obviamente o responsável por uma dívida verdadeiramente colossal ultrapassou todos os limites da razoabilidade democrática. Mas não foi o único.

   Dois exemplos dos últimos tempos socialistas ilustram bem esta afirmação. Porque razão um ex-Primeiro Ministro, acolitado por uma espécie de Ministro das Obras Públicas, adjudicou à pressa um bocado de TGV, quando já sabia que o País estava em bancarrota se não recorresse à ajuda externa? Seria para para tornar a obra irreversível e assim garantir o lucro das empresas envolvidas quer se efectuasse ou não a obra? Perante os factos, peço muita desculpa, mas é uma dúvida legítima que se levanta. Senão porque começar uma obra com aquele volume de custos antes do “visto” do Tribunal de Contas?

   Outro exemplo paradigmático foi a compra massiva de quadros interactivos para as salas de aula, anunciada com pompa e circunstância como modelo do desenvolvimento do País e da “governação de sucesso” da Educação em Portugal.

   Alguém deveria informar os portugueses que estão a ser violentamente espoliados dos seus rendimentos de trabalho para pagar verdadeiras monstruosidades, prtaicads sem rei nem roque, qual foi o total gasto nestas “obras de arte”, quantas foram adquiridas e quantas vezes foram utilizadas cada uma dessas preciosidades.

   São conhecidas escolas que nem um único foi alguma vez usado. E temos razões para supor que muito poucos foram alguma vez usados. Uma pergunta singela. Terá aproveitado a alguém o gasto (sim foi um gasto, não foi um investimento) efectuado? Supomos bem que sim, que a alguém aproveitou.

   Por estas e por outras, muitas outras, é que António José Seguro deveria ter um pouco mais de decoro quando pede para que Pedro Passos Coelho diga se mantém a confiança política em Alberto João Jardim.

   Claro que não mantém, é mais do que evidente. É óbvio que quando o Presidente de um Partido, e Primeiro Ministro, diz da actuação de um correligionário que por acaso é o Presidente do Governo Regional da Madeira, que "é natural que a ser verdade a situação nas contas da Madeira não abone a favor da imagem do País…” está a dizer o quê? Que apoia a sua política, ou que mantém a sua confiança política? Se fosse Ministro teria sido naturalmente demitido. Como Presidente do Governo Regional da Madeira, por agora, fia mais fino.

   Porém as contas da Madeira, e já agora as dos Açores, eram um gato escondido com o rabo de fora. Toda a gente sabia que existia um buraco, mas fingia que não sabia e assobiava para o ar à espera que o balão rebentasse. Presidente da Republica, Tribunal de Contas, PGR, Deputados, Partidos políticos. Em resumo: Todos.

   O que admira é que um político com a sagacidade de João Jardim se tenha deixado “embrulhar” com a última alteração da Lei das Finanças Locais feita pelo ex-Primeiro ministro deliberadamente com destinatário certo: A Região da Madeira.

   Ainda assim é provável que Alberto João Jardim ganhe as próximas eleições regionais de Outubro, se calhar até com maioria absoluta.

   Mas por uma questão de bom senso, caso não queira renunciar a ser candidato, deveria desde já anunciar que não assumiria o lugar de Presidente do Governo Regional e indicar quem propunha para seu sucessor na Chefia do Governo.

   Costuma dizer-se que de Espanha “nem … “ mas José Luis Zapatero é um exemplo que lhe deveria servir referencial.

   É a saída possível. Ainda com algvuma dignidade.

 

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Livro: Destroços
Estado de Alma: Interactivo (A pagar impostos)
publicado por Lanzas às 21:07

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Sexta-feira, 15 de Julho de 2011

A QUALIDADE DO ENSINO EM PORTUGAL

   Como habitualmente sucede por esta época com a publicação dos resultados dos exames do 9º e 12º Anos de escolaridade, instala-se na comunidade escolar, mais que na opinião púbica, alguma controvérsia acerca da qualidade desses mesmos resultados.

   Ora os "maus" resultados deste ano NÃO podem ser comparados com os resultados verificados no período áureo de demagogia sobre esta matéria, vivido no consulado do ex Primeiro-ministro, por uma de duas razões a saber:

   1 – Ou os exames na altura apresentavam o grau de exigência do deste ano e os resultados não seriam com toda a certeza os que foram então apresentados, com enorme espalhafato, como o corolário lógico das ditas correctas políticas de educação traçadas;

   2 - Ou este ano os exames tinham a complexidade dos anteriores, em que havia perguntas consideradas, benevolentemente, por especialistas como "demasiado evidentes" e nesse caso agora os resultados seriam em tudo idênticos aos então verificados.

   Verdade seja dita que os exames deste ano foram ainda elaborados durante a vigência do anterior Governo, mas os responsáveis, que estavam sob escrutínio, entenderam por bem colocar a fasquia de exigência um pouco mais elevada, conforme aliás foi ontem revelado pelo Director do Gabinete de Avaliação Educacional (GAVE) o qual confirmou que os resultados das provas de exame do 3.º ciclo do ensino básico de Português e de Matemática “reflectem o ajustamento do nível de exigência, concretizado numa acrescida complexidade de alguns dos itens e na continuação da procura de um maior rigor na definição e também na aplicação dos critérios de classificação”, tendo igualmente recordado ser esta tendência patente já nos resultados de 2010 que, no caso da disciplina de Matemática, apresentaram uma quebra de sete pontos percentuais no valor médio em relação a 2009 (57%, em 2009, e 50%, em 2010).

   O caminho agora traçado, que se entende como o mais correcto, deve ser prosseguido e aprofundado, para que quem estuda quando chegar ao final de um importante ciclo da sua vida se encontre munido de conhecimentos e competências minimamente adequadas a um futuro desempenho profissional, cada mais exigente e que está cada vez menos disponível.

   Para que os resultados obtidos sejam cada vez melhores, qualitativa e quantitativamente, sobram outros importantes problemas a necessitar de solução urgente, tais  como a melhoria global da qualidade do ensino, uma correcta avaliação dos professores, a adequação das cargas horárias à complexidade e importância das matérias dadas, a disciplina nas escolas, dentro e fora da sala de aulas, entre outras.

   Não é pois fácil a tarefa que espera Nuno Crato, tal como não é fácil a tarefa de nenhum dos Ministros do actual Governo.

   Compete-lhes devolver a esperança a Portugal.

   É o mínimo que se lhes exige.

 

{#emotions_dlg.chat}Post 369

Estado de Alma: Professor
Livro: O Cérebro do Matemático
publicado por Lanzas às 09:17

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Quinta-feira, 9 de Junho de 2011

DIGA NÃO À CAÇA AO MELRO

  Depois de estar mais de 20 anos proibida, a caça ao melro está agora autorizada. 

   Com efeito, foi decretada a inclusão desta ave  no calendário venatório nacional, o que se traduz na permissão do abate diário máximo de 40 unidades por caçador.

   Trata-se de uma medida absolutamente disparatada, copiada  por certo dos "Manuais Teóricos e Práticos de Mao Tsé Tung", que como é sabido mobilizou milhões de chineses para a campanha de abate dos pardais, os quais  foram praticamente dizimados, o que teve um efeito devastador  na agricultura, traduzido  em enormes e dramáticas  consequencias sobre a população.

   É uma medida de tal forma fora da realidade, que a generalidade dos caçadores está contra a mesma, colocando-se ao lado dos ambientalistas, só podendo, eventualmente, ser compreendida numa lógica economicista, no sentido de eliminar a necessidade da Autoridade Florestal Nacional emitir as credenciais que se tornavam necessárias para o abate desta ave por parte dos agricultores com plantações sensíveis à mesma, que a requisitavam.

   Depois de anos de erros estratégicos e de falhas penalizadoras para os pequenos agricultores, com a perda,  por incuria, de subsídios da CEE, e a sujeição a multas e devolução de subsídios já recebidos, aplicadas pelo mesmo organismo por falta de aplicação atempada de legislação, eis que em fim de vida surgiu a medida de fundo da legislatura do Ministério da Agricultura.

   Felizmente que a ultima época de caça, as eleições, terminou com estas aves de arribação.

 

{#emotions_dlg.chat}Post 348

Estado de Alma: Ambientalista
Livro: Cisnes Selvagens
publicado por Lanzas às 09:07

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