Depois de ter aqui apresentado os meus cumprimentos pelos feitos conseguidos nesta época futebolística, a nível internacional, estava detereminado a não voltar a falar de Pedro Proença.
Sucede que a última entrevista concedida à Rádio Renascença alterou essa minha intenção, pois durante a mesma mostrou que ao contrário daquilo que diz: "Desempenhei a minha função como árbitro da mesma forma que em Portugal", tal afirmação não corresponde à realidade pois as suas actuações a nivel nacional, apesar de ter sido considerado o melhor árbitro do ano, merecem severas críticas de quem se sentiu sistematicamente prejudicado pelas mesmas, e que as suas últimas afirmações, desadequadas, acentuam.
Quer assuma ou não, Pedro Proença teve clara e definitiva interferência no desenrolar da última Liga, que até poderia ter tido o mesmo desfecho final, com um erro imperdoavel, o qual não teve ainda a coragem de assumir nem dele se penitenciar.
Por outro lado não lhe cabe deixar recados a dirigentes de clubes, os quais podem ser entendidos como fazendo parte de uma campanha orquestrada por uma facção do seu clube, deixando assim pairar a dúvida que se os dirigentes fossem outros a sua actuação podia não ter sido a mesma.
Acresce ainda que quem avalia o desempenho dos dirigentes são os sócios dos Clubes, os accionistas das SAD, e em última análise os Bancos credores, e não os árbitros, mesmo que em determinado momento se sintam, confortaveis, num pedestal. (Atenção aos pés de barro).
Aos árbitros compete apitar, e é para isso que são bem pagos, com rigor e sem interferência nos resultados. Só isso.
Por fim uma última observação.
Todos sabemos que a falsa modéstia é vaidade. Convém não abusar de efeitos mediáticos dela, já muito gastos.
Post 496
Pelo feito notável conseguido nesta época futebolística, a nível internacional.
Apitar a final da Liga dos Campeões. Apitar, até agora, três jogos na fase final do Campeonato da Europa, e estar nomeado para a Final do mesmo, é obra que dignifica o País, e merece ser saudada, com orgulho, mesmo quando internamente não temos os mesmos pontos de vista.
Post 494
Declaração de Interesses: Não conheço, pessoalmente, Cristiano Ronaldo, nem nunca fui atirado ao rio.
Cristiano Ronaldo é reconhecido por todos os que entendem de futebol, como um génio da bola. É pois um dado adquirido, que não adianta contraditar.
Já o mesmo não se pode dizer quanto à sua escolha para capitão da Selecção Nacional de Futebol. Foi, é, e provavelmente continuará a ser, um erro de casting.
Pode ser o melhor jogador da Selecção, mas não tem as características de um líder. Não é motivador para os colegas, não é uma referência, nem tem a capacidade de puxar para a frente, quando tudo parece andar para trás o que só quem tem carisma consegue. Em resumo não tem capacidade de liderança.
Antes pelo contrário, assim que as coisas lhe começam a correr mal é uma fonte de desânimo, que naturalmente se transmite aos colegas.
Ainda nos recordamos de capitães da Selecção como Coluna, João Pinto (do FCP), e tantos outros, provavelmente menos credenciados tecnicamente, mas que eram exemplos de luta, de abnegação, de garra, de força de vontade e de uma motivação constante, capazes de arrastar atrás de si os colegas. E na actual Selecção existem jogadores com essas características.
Calvin Coolidge, 30º Presidente dos Estados Unidos da América, proferiu uma frase que deveria estar inscrita, em letras garrafais, em todos os locais por onde os nossos jogadores passam:
"Nada é mais importante que a perseverança, nem o próprio talento".
E já agora, um pouco mais de humildade, também vinha a calhar.
Post 493