António José Seguro, para além de todas as suas virtudes e defeitos, tem um problema básico não sabe reconhecer uma cópia do original.
O original chama-se Mário Soares, ele é uma cópia. Pura e simples.
A sua deslocação a Toulouse, para apoiar mon ami Hollande, cheira a requentado. É evidente que não foi lá para falar com quem quer que seja, porque anquelas circunstâncias ninguém o queroa ouvir. Foi lá para se mostrar na televisão portuguesa, filmado atrás do palco onde o comício decorria, para fingir que é ouvido no estrangeiro, a debitar banalidades para Portugal. É uma cópia. Um dejá vu.
Ao original, Mário Soares, tudo se perdoa, até faltar às comemorações do 25 de Abril, em que tinha a obrigação de ter estado na Assembleia da Republica, na qualidade de ex-Presidente de TODOS os portugueses, e não só dos militares descontentes.
Porque era o original podia dar-se ao luxo de viajar para Paris, para tomar um pequeno almoço de dez minutos com François Mitterrand no dia seguinte ao da sua primeira eleição, ou andar a passear nas ruas de Praga a fazer horas para que Vaclav Havel o Presidente da Checoslováquia o recebesse. Mas a notre ami Mário nada fica mal. Nada o faz cair no rídiculo.
Já a António José Seguro que pode, por acaso, acabar Primeiro Ministro de Portugal, como muito deseja, convém que antes, pelo menos, não caia no ridículo, porque este, o ridículo, em política é fatal.
De figuras tristes, feitas por tristes figuras, agora a estudar o que deveriam ter aprendido antes, estamos nós fartos.
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