Já temos escrito aqui neste blogue, que nem sempre estamos de acordo com as posições de Miguel Sousa Tavares. Por exemplo a conhecida aversão, eventualmente com razão, que tem à internet, e ao seu povo, como chama a quem aproveita um espaço disponível para dar a conhecer, de borla, (não se recebe nada pela opinião expressa, mas também não se paga) a sua opinião, e isto porque há neste universo, pessoas correctas e outras incorrectas a escrever, como há noutros meios de comunicação. Mas isso não vem agora aqui ao caso.
Face à posição de MST sobre a internet este post nunca será lido por ele, exactamente porque está na internet, mas de qualquer forma, já que está escrito, vou publicar.
Li com atenção a entrevista concedida a Mafalda Anjos e Miguel Cadete a propósito do seu novo livro, que reune "escritos políticos dos últimos sete anos", publicado na Revista do Jornal Expresso de 26 de Maio. É uma óptima entrevista, na linha de alguns dos seus escritos, porque outros, estarão eventualmente desajustados à realidade, mas isto é só a minha opinião.
Porém há um assunto inserido nas suas "25 ideias inconvenientes, tiradas polémicas ou causas perdidas" que me mereceram uma profunda reflexão: "Devíamos dar a independência à Madeira. Durante muitos anos indignava-me com as ameaças de independência (e algumas coisas que escreveu sobre o assunto foram mesmo bastante fortes, se bem lembro), mas hoje, eu (MST) enquanto continental e pagador de impostos, sou defensor da independência da Madeira. Quero um referendo ...".
JÁ SOMOS DOIS!
Portanto o desafio que aqui deixo é muito simples. Encabece, com a sua notoriedade, e com a sua natural capacidade de acesso aos meios de comunicação, e aproveitemos o que de bom a internet tem, para tentar reunir as assinaturas necessárias, para se conseguir o referendo.
E aqui não há anonimatos. É preciso Nome, BI, e assinatura.
Com o seu empenho, se calhar, conseguimos mesmo recolher as assinaturas necessárias.
É a democracia, no seu melhor.
E atenção, que se não fizer nada, vai sobrar aquela coisinha da coerência, da qual o Frei Tomás é o expoente nmáximo.
Vamos a isso?
Post 492
Os Historiadores contra o fim dos feriados;
Os Sindicatos contra o aumento de meia hora de trabalho diário;
Os Utentes contra os aumentos das taxas moderadoras;
Os Automobilistas contras a introdução de portagens nas SCUT´s
Os Estiudantes contra os cortes no ensino superior;
Os Professores contra os estatutos;
Os Funcionários Públicos contra os cortes nos Subsídios de Férias e
de Natal:
Os Restaurantes contra o aumento do IVA na restauração;
Os Pensionistas contra os cortes nas Pensões;
Os Militares, Os Policias e a GNR contra a falta de verbas;
O Marinho Pinto contra a Ministra da Justiça;
O Alberto João Jardim contra os "cubanos";
O Carlos César contra o corte das tolerâncias de ponto ... e contra
outros cortes;
O Lobo Mau (leia-se troika) contra este Governo (Porque se não foi este
foi o outro que duplicou a dívida *
e Eu contra o SAPOBLOGS porque nunca mais olha para o Lanzas com
olhos de ver !
* Pudera não era para pagar, era só para gerir.
Post 438
Como é do conhecimento de todos, recebemos recentemente dois submarinos que teoricamente já estão no cumprimento das nobres missões de segurança do território nacional que justificaram a sua compra.
Têm alguns problemas técnicos de pormenor, que o tempo há-de resolver, esperando nós que quando estiver ultrapassado o seu período de vida útil tudo estará na devida ordem.
Um dos problemas detectados é o revestimento exterior dos submarinos, cujas chapas têm uma exagerada tendência para se soltarem sempre que o mar faz “carneirinhos”, situação também conhecida na gíria marítima por ondulação de levante.
Ora tendo em atenção a necessidade de rentabilizar Activos do Estado, e fazer face ao custo de manutenção daqueles “elefantes marinhos”, sempre importante, mas que o Acordo com a Troika tornou premente, queremos deixar uma sugestão ao Governo a fim de conseguir obter mais umas receitas para o OE de 2012.
Proceda-se à substituição do revestimento actual em chapa dos “bichos” ao que parece pouco adequado para o fim a que se destinava, por um revestimento em fibra de vidro o que permitirá um efeito panorâmico fabuloso.
Assim, devidamente adaptados poder-se-ia proceder ao seu aluguer para visitas de estudo ao mar das Berlengas, Península de Setúbal e outros locais com interesse para o estudo do fundo do mar e de espécies marinhas, nomeadamente os golfinhos.
Em desespero de causa também se poderia ceder um dos espécimes a Alberto João, para este poder promover o Turismo na Madeira e assim captar mais umas receitas para umas obrazitas que estão prometidas e que o homem não sabe agora como acabá-las.
Digo eu que não sou Ministro das Finanças. Só pago impostos.
Post 402
Não deixa de ser irónico que seja o seu Partido – o PSD - a indicar a Alberto João Jardim a saída da cena política, pela esquerda baixa, mas vai ser inevitável, se este não resolver sair pelo seu próprio pé.
Depois de mais de 30 anos a somar vitórias, para si mas também para o Partido, sendo que em algumas dessas eleições a Madeira foi o único sítio onde o PSD venceu, Alberto João Jardim transformou-se do problema que sempre foi, no bode expiatório de todos os males que acontecem neste País. O que nos faz lembrar um conhecido “boneco” de um programa humorístico de Jô Soares que sempre que era preso, gritava alto e bom som: “Só eu? e cadé os outros?”
É certo que Alberto João Jardim, para além de ser obviamente o responsável por uma dívida verdadeiramente colossal ultrapassou todos os limites da razoabilidade democrática. Mas não foi o único.
Dois exemplos dos últimos tempos socialistas ilustram bem esta afirmação. Porque razão um ex-Primeiro Ministro, acolitado por uma espécie de Ministro das Obras Públicas, adjudicou à pressa um bocado de TGV, quando já sabia que o País estava em bancarrota se não recorresse à ajuda externa? Seria para para tornar a obra irreversível e assim garantir o lucro das empresas envolvidas quer se efectuasse ou não a obra? Perante os factos, peço muita desculpa, mas é uma dúvida legítima que se levanta. Senão porque começar uma obra com aquele volume de custos antes do “visto” do Tribunal de Contas?
Outro exemplo paradigmático foi a compra massiva de quadros interactivos para as salas de aula, anunciada com pompa e circunstância como modelo do desenvolvimento do País e da “governação de sucesso” da Educação em Portugal.
Alguém deveria informar os portugueses que estão a ser violentamente espoliados dos seus rendimentos de trabalho para pagar verdadeiras monstruosidades, prtaicads sem rei nem roque, qual foi o total gasto nestas “obras de arte”, quantas foram adquiridas e quantas vezes foram utilizadas cada uma dessas preciosidades.
São conhecidas escolas que nem um único foi alguma vez usado. E temos razões para supor que muito poucos foram alguma vez usados. Uma pergunta singela. Terá aproveitado a alguém o gasto (sim foi um gasto, não foi um investimento) efectuado? Supomos bem que sim, que a alguém aproveitou.
Por estas e por outras, muitas outras, é que António José Seguro deveria ter um pouco mais de decoro quando pede para que Pedro Passos Coelho diga se mantém a confiança política em Alberto João Jardim.
Claro que não mantém, é mais do que evidente. É óbvio que quando o Presidente de um Partido, e Primeiro Ministro, diz da actuação de um correligionário que por acaso é o Presidente do Governo Regional da Madeira, que "é natural que a ser verdade a situação nas contas da Madeira não abone a favor da imagem do País…” está a dizer o quê? Que apoia a sua política, ou que mantém a sua confiança política? Se fosse Ministro teria sido naturalmente demitido. Como Presidente do Governo Regional da Madeira, por agora, fia mais fino.
Porém as contas da Madeira, e já agora as dos Açores, eram um gato escondido com o rabo de fora. Toda a gente sabia que existia um buraco, mas fingia que não sabia e assobiava para o ar à espera que o balão rebentasse. Presidente da Republica, Tribunal de Contas, PGR, Deputados, Partidos políticos. Em resumo: Todos.
O que admira é que um político com a sagacidade de João Jardim se tenha deixado “embrulhar” com a última alteração da Lei das Finanças Locais feita pelo ex-Primeiro ministro deliberadamente com destinatário certo: A Região da Madeira.
Ainda assim é provável que Alberto João Jardim ganhe as próximas eleições regionais de Outubro, se calhar até com maioria absoluta.
Mas por uma questão de bom senso, caso não queira renunciar a ser candidato, deveria desde já anunciar que não assumiria o lugar de Presidente do Governo Regional e indicar quem propunha para seu sucessor na Chefia do Governo.
Costuma dizer-se que de Espanha “nem … “ mas José Luis Zapatero é um exemplo que lhe deveria servir referencial.
É a saída possível. Ainda com algvuma dignidade.
Post 388
Sempre tivemos em relação a Alberto João Jardim uma atitude de condescendência para com a sua forma truculenta de estar na política e para a forma desabrida como normalmente trata os que estão contra ele e que na prática são, nem mais nem menos, todos aqueles que não estão obediente e disciplinadamente com ele.
São duas as razões fundamentais para essa postura. A primeira, porque sendo eu continental (ou melhor cubano no linguarejar próprio de Alberto João Jardim) conheci a Madeira antes de 1974, e tendo continuado a visitar a Região, com regularidade, depois daquela data pude observar in loco tudo aquilo que por lá foi feito em termos de saúde, educação, vias de comunicação, desenvolvimento local e tantas outras áreas. Ora sendo o Alberto João (como gosta que o tratem lá pela terra) o principal obreiro desse desenvolvimento, ainda que com o dinheiro de todos nós, esse mérito ninguém lhe pode tirar. E estamos a falar de populações absolutamente isoladas, com carências de toda a ordem; e estamos a falar de vias estreitas, sinuosas à beira de precipícios, sem alternativas, em que por exemplo se levava mais tempo numa viagem de táxi do Aeroporto ao centro da Cidade do Funchal, do que na viagem de avião Lisboa/Funchal. E estamos, por exemplo, a falar da construção de escolas e extensões de Centros de Saúde em locais recônditos, mas que se tornavam absolutamente necessários face às dificuldades de deslocação das populações.
A segunda razão é que em 35 anos de Chefia política, Alberto João Jardim venceu cerca de 40 eleições, não tendo perdido nenhuma, sem que os seus adversários pudessem apontar, com provas, quaisquer aproveitamentos patrimoniais, ou outros, para si ou para familiares que lhe sejam próximos, o que num País como Portugal não é despiciendo, tendo em atenção o que ao longo dos anos temos visto desde Presidentes de Câmara, a ex-Ministros, Deputados, e por aí fora.
Porém face às notícias vindas hoje a público, segundo as quais estão em causa encargos da Região Autónoma da Madeira que não foram registados e Acordos para Regularização de Dívidas que não foram reportados ao INE e ao BdP, as duas entidades responsáveis por apurar as contas nacionais, às quais só após diligências próprias terão chegado informações, entre o final de Agosto e esta semana, que dão conta de Acordos de Regularização de Dívidas celebrados em 2010, com um valor aproximado de 571 milhões de euros, mais 290 milhões de euros de juros de mora que podem pôr em causa as contas da Republica, sendo que também relativamente a 2011, são mais 11 milhões de euros referentes a acordos respeitantes a dívida contraídas desde 2005 e juros de mora de 32 milhões de euros relativos ao primeiro semestre que não foram reportados, bem como não terão sido ainda comunicados os encargos que não foram objecto destes acordos relativos a serviços de saúde de 2008, 2009 e 2010, em montantes de 20, 25 e 54 milhões de euros, respectivamente, dirijo a Alberto João Jardim algumas passagens da Carta Aberta que em 28 de Abril de 2010 dirigi ao então Primeiro Ministro pedindo-lhe que se demitisse. E apenas algumas, poi a referida carta não se lhe aplica na íntegra:
"... Entendo quanto doloroso deve ser descer sem glória uma montanha que foi subida a pulso, com esforço, e também com algum mérito, ... Mas é do fundo do coração que lhe digo: Vale bem mais descer uma montanha pelo seu próprio pé, ainda que sem glória, do que vir aos trambolhões por ela abaixo..."
Ora a serem verdade as políticas de desorçamentação e de desinformação anunciadas na imprensa, as mesmas são incompatíveis com aquilo que exige a coesão nacional, ou seja que no mínimo todas as entidades responsáveis cumpram o seu dever de reporte atempado aos órgãos nacionais de todos os compromissos assumidos, e isto sem escamotear dados, pelo que Alberto João Jardim deixou de reunir as condições mínimas indispensáveis para se recandidatar à Chefia do Governo Regional da Madeira. Podem os seus detractores dizer que já não é de agora. Mas pelo menos de agora em diante é com certeza.
Dr. Alberto João Jardim, por tudo aquilo que fez pela Madeira e pelos madeirenses não vá a jogo nas próximas eleições de Outubro. Indique um nome capaz de o substituir, e creia terá para sempre o reconhecimento da grande maioria do Povo madeirense, pela obra que deixa.
Se não o fizer acabará, como todos aqueles que se querem eternizar seja no Governo de um País seja no de uma Região, por ser empurrado, sem contemplações, pela escada abaixo o que não será, de todo, justo. É que de Generais insubstituíveis estão os cemitérios cheios. Incluindo os da Madeira.
Quando em 28 de Abril de 2010 aqui escrevi a Carta Aberta pedindo a demissão do ex-Primeiro Ministro a mesma foi considerada deslocada por muito boa gente.
Este apelo também não está.
Post 386
Ao considerar que o Deputado da Assembleia Regional da Madeira José Manuel Coelho, conhecido como "O Andorinha", sósia de Tiririca o palhaço brasileiro recém eleito Deputado pelo Estado de S. Paulo, reunia as condições necessárias para se candidatar à Presidência da Republica o Tribunal Constitucional colocou a descoberto aquilo que todos sabemos existir em Portugal: Cidadãos de Primeira, Segunda e Terceira.
Sem que se vislumbre um mérito especial na sua candidatura, o que acontece aliás na maioria das restantes, o facto é que numa tentativa de enredar Cavaco Silva os candidatos, com o apoio mais ou menos discreto dos canais de Televisão, forçaram a realização de debates entre eles na chamada fase pré-eleitoral, deixando "O Andorinha" sem a possibilidade de confrontar as suas opiniões e posições politicas, por muito controversas que sejam, com a dos restantes candidatos.
Em termos de democracia estamos conversados.
Tendo sido noticiado ontem que Defensor de Moura, Fernando Nobre, Francisco Lopes, Manuel Alegre e Cavaco Silva, por esta ordem, serão entrevistados na RTP na próxima semana (Será que a RTP considera ser esta a ordem da votação?), então estamos esclarecidos.
Só fala quem a RTP deixa. Não é por acaso que recebe uns largos milhões de Euros do Governo. É por isto e por outras parecidas.
E os portugueses que se revêem em José Manuel Coelho, tal como os 1.383.520 eleitores de S.Paulo se reviram em Tiririca, não têm o direito de ouvir o seu candidato?
E a Comissão Nacional de Eleições, o Tribunal Constitucional e os restantes Candidatos não têm nada a dizer sobre a matéria?
Será que são todos surdos, cergos e mudos?
Post: 188
OS NOSSOS SENTIDOS PÊSAMES.
A todos os que perderam os seus Familiares e Amigos.
A nossa consternação por quem perdeu os seus haveres.
A nossa certeza que saberão recuperar de tão rude golpe.
Para o necessário a nossa solidariedade.