... E DAS PESSOAS!
Notícia de ontem no SOL:
“Os manifestantes reunidos hoje à tarde frente à Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV), em Lisboa, dirigem-se para o ministério da tutela, onde estarão em vigília até às 22:00, pelos animais abatidos.
A iniciativa é da associação de defesa dos direitos dos animais, Animal, que pretende chamar a atenção do Governo para uma “necessária actualização legislativa sobre os direitos dos animais”, disse à Lusa a presidente desta associação, Rita Silva”.
OPINIÃO:
Podiam aproveitar o seu óbvio direito de reunião e limpar algumas das ruas de Lisboa conspurcadas pelo có-có e xi-xi, dos animais de estimação que os donos trazem à rua para fazer as suas necessidades e deixam ficar para deleite dos transeuntes.
Ser dono de um animal ou pugnar pelo seu bem estar é o mínimo que se pode exigir e não merece grandes reuniões, mas os direitos de cada um de nós acaba quando começam os direitos dos outros e todos temos o direito de andar em passeios que não estejam inundados de dejectos dos animais de estimação dos outros.
Digo eu, que gosto de animais e das PESSOAS.
Do alto do seu pedestal, imune a todas as alterações editoriais que o jornal Expresso e a sua Revista têm sofrido ao longo dos tempos Clara Ferreira Alves utiliza a sua pena caprichosa como uma arma de arremesso, política e pessoal, em vez de utilizar o generoso espaço de que dispõe para uma análise serena dos acontecimentos e dos protagonistas.
Tem mérito suficiente para isso como reconheceu Marcelo Rebelo de Sousa, que acaba de dizer na sua análise politica semanal na televisão que CFA “pensa bem e escreve melhor”.
Pessoalmente, apesar de na maioria dos casos não apreciar os seus escritos, nunca deixo de os ler na expectativa que a sua capacidade intelectual nos conduza a alguma reflexão importante.
Mas não tem sido o caso e a pena e a pluma apesar de serem caprichosas seguem obedientemente uma linha de pensamento pouco disponível para aceitar quem não partilha a sua linha política ou a sua forma de ver o mundo, as quais em sua opinião são as únicas correctas.
Mas desta vez porém, foi longe de mais e os termos em que se referiu quer aos portugueses em geral, quer à Presidente da Alemanha, quer aos alemães, cai na ignomínia, com a agravante de não ter tido a coragem de chamar “os bois pelos nomes”.
Quis ser politicamente correcta, mas a sua falta de coragem decepcionou-me, porque aquilo que define como “um dos outros, um dos inomináveis, inconfessáveis e pornográficos bonecos que promovem a nossa veia satírica e a nossa tendência para transformar a tragédia em farsa” e que na sua opinião Pedro Passos Coelho deveria ter sido oferecido à Chanceler Merkel e Portugal deveria "exportar em massa para a grande Alemanha" tem nome próprio, são os Caralhos das Caldas.
Para quem utiliza a palavra como meio de sobrevivência, como CFA gosta de dizer, não lhe ficava nada mal assumir na plenitude aquilo que queria dizer e não esconder-se atrás de um biombo de uma descrição pouco conseguida.
Queixa-se amiudadamente CFA que o “Povo da Internet” essa gente asquerosa, que sabe-se lá por que desígnios tem acesso a um meio onde pode expressar a sua opinião (livre). Queixa-se , e com razão, de um texto falso (cujo teor não conheço, nem quero conhecer se é falso) onde lhe são atribuídas afirmações que nunca emitiu. É repovável. É lamentável.
Mas as afirmações acima reproduzidas são suas e CFA não tem o direito de referir-se a Portugal como um país habitado por bonecos das Caldas.
Como diria o seu colega Miguel Sousa Tavares a propósito da forma como uma parte insignificante de portugueses, onde com muita pena minha CFA se insere, se referiu à chanceler Merkel, antes, durante e depois da sua breve estadia em Portugal, “se fosse alemão e tivesse escutado aquilo, ia a correr dizer-lhe que não queria que nem mais um tostão dos meus impostos fosse para aqueles gajos”.
E como CFA bem sabe, queira ou não reconhecer, nós nesta altura do campeonato precisamos do dinheiro dos impostos dos gajos alemães para sobreviver.
Além do mais, pessoas de saber e com espaço disponível na imprensa e/ou na televisão, como é o caso de CFA, deveriam dispôr da ambos para fazer pedagogia e não lançar fogo sobre a gasolina derramada. A não ser que se seja partidário (a) do “Quanto pior melhor”.
O que apesar de tudo ainda não considero que seja o seu caso.
Declaração de Interesses: Tenho alguma aversão intrínseca às praxes.
Ano após ano as praxes académicas, durante as quais são sempre assinalados inúmeros casos de violência física e psicológica sobre os caloiros, incluindo abusos sexuais, tal como as andorinhas na Primavera, estão de volta a partir de meados de Setembro.
As praxes académicas que são um resquício do que foi a jurisdição especial do “foro académico”, na época distinto da “lei civil”, deveriam ser por definição um conjunto de práticas salutares destinadas a contribuir para uma melhor adaptação e integração dos novos alunos que ingressam no ensino superior e portanto muito úteis.
Sucede que quando estas práticas são mal interpretadas ou mal exercidas, tendem a criar a ilusão de um poder, ainda que efémero, sem controlo, que provoca vertigens tornando as praxes académicas um tema controverso sem que a sociedade em geral se interrogue, como devia, sobre a violência desnecessária e gratuita praticada ao abrigo das mesmas.
Os seus defensores sustentam que as praxes académicas facilitam o relacionamento entre os caloiros e os veteranos, que os podem ajudar ao longo da sua vida académica.
Porém o que se verifica na prática é que alguns veteranos, sobretudo os mais novos entre estes, se transformam em pequenos tiranetes por vezes devido aos espíritos toldados por excessos de consumos, infligindo (é o termo), sem controlo, verdadeiras torturas que se aproximam em muito da coação física, mental e psicológica das vítimas, os caloiros.
Quando entram em roda livre, normalmente acabam mal.
Em Abril deste ano foram suspensas as praxes em Coimbra, por decisão do Conselho de Veteranos, depois de duas caloiras se terem queixado de atropelos às normas e de terem sido atingidas por veteranos na cara e na cabeça.
Já neste novo ano lectivo foram suspensas as praxes da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Beja (ESTIG), que integra o Politécnico desta cidade.
Num comunicado divulgado pelo curso de Gestão de Empresas da ESTIG, lê-se que "a colega não executou qualquer tipo de esforço físico ou foi sujeita à prática de qualquer praxe psicológica", o que por si só representa a assunçao de que tais práticas são habituais.
Outras praxes traduzem-se em manifestações gratuitas e atitudes no mínimo ridículas. Quem, por exemplo, atravessar com alguma regularidade os jardins que circundam o campus da Cidade Universitária em Lisboa, nomeadamente em frente da Faculdade de Ciências, pode assistir durante praticamente todo o ano lectivo ao degradante espetáculo público oferecido, em que sobretudo as caloiras são vitimas de constantes provocações de cariz de sexual estimulando o seu espírito de represália para com as sua futuras vítimas, os próximos caloiros.
As horas gastas por esse país fora, por dezenas e dezenas de jovens, na flor da idade, “doutores” e caloiros, se fossem utilizadas em atos de solidariedade para com a sociedade, por exemplo a prestar ajuda a Instituições de Apoio a Doentes e Pessoas Carentes e outras similares, aprofundaria os laços solidariedade entre diferentes gerações e entre a sociedade civil e a academia e ajudaria a uma integração saudável dos novos estudantes.
Felizmente já existem casos merecedores dos maiores encómios, dentro desta linha de actuação, de que realço dois, dos quais tive conhecimento através da imprensa:
Numa iniciativa da Associação de Estudantes do alunos do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, cerca de 400 caloiros e outros tantos “veteranos” encheram-se de brio e munidos de rolos, trinchas e 1500 litros de tinta apagaram ‘graffitis’ e taparam fendas que enchiam a capela, a escola primária, os balneários e o centro de saúde, vizinhos do seu estabelecimento de ensino superior, no bairro da Ajuda, em Lisboa.
“As praxes estavam a tornar-se demasiado iguais, se calhar demasiado violentas”, justificou o presidente da Associação de Estudantes do ISCSP.
E um caloira realçou o "dois em um da iniciativa, que a dispensa de praxes mais constrangedoras, pois para além de estarem a ser praxados, estavam a ajudar a comunidade".
Noutra iniciativa, desta vez da Faculdade de Direito da Universidade Católica (Lisboa) os caloiros embalaram cerca de 1500 Kits de material escolar, recebidos pela Instituição Entrajuda, para distribuir por crianças carenciadas.
Em resumo:
HÁ PRAXES QUE SÃO FIXES. HÁ PRAXES QUE SÃO UMA VERGONHA!
Tendo sido informado pela AT “Autoridade Tributária e Aduaneira” que para minha comodidade tinha sido disponibilizado um serviço destinado a simplificar o cumprimento das minhas obrigações fiscais, de modo a tornar mais rápida a apreciação dos meus pedidos de socorro e o reconhecimento dos meus direitos, que como é sabido estão reduzidos a zero, venho por este meio tornar público o meu contacto.
“Zé Povinho”
Pelo feito notável conseguido nesta época futebolística, a nível internacional.
Apitar a final da Liga dos Campeões. Apitar, até agora, três jogos na fase final do Campeonato da Europa, e estar nomeado para a Final do mesmo, é obra que dignifica o País, e merece ser saudada, com orgulho, mesmo quando internamente não temos os mesmos pontos de vista.
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Conhece este fragmento de pintura? Sabe o nome do Quadro ou do Artista que o pintou?
Se sabe a resposta a alguma das perguntas, Lanzas, agradece a informação. Obrigado.
Declaração de Interesses: Não conheço, pessoalmente, Cristiano Ronaldo, nem nunca fui atirado ao rio.
Cristiano Ronaldo é reconhecido por todos os que entendem de futebol, como um génio da bola. É pois um dado adquirido, que não adianta contraditar.
Já o mesmo não se pode dizer quanto à sua escolha para capitão da Selecção Nacional de Futebol. Foi, é, e provavelmente continuará a ser, um erro de casting.
Pode ser o melhor jogador da Selecção, mas não tem as características de um líder. Não é motivador para os colegas, não é uma referência, nem tem a capacidade de puxar para a frente, quando tudo parece andar para trás o que só quem tem carisma consegue. Em resumo não tem capacidade de liderança.
Antes pelo contrário, assim que as coisas lhe começam a correr mal é uma fonte de desânimo, que naturalmente se transmite aos colegas.
Ainda nos recordamos de capitães da Selecção como Coluna, João Pinto (do FCP), e tantos outros, provavelmente menos credenciados tecnicamente, mas que eram exemplos de luta, de abnegação, de garra, de força de vontade e de uma motivação constante, capazes de arrastar atrás de si os colegas. E na actual Selecção existem jogadores com essas características.
Calvin Coolidge, 30º Presidente dos Estados Unidos da América, proferiu uma frase que deveria estar inscrita, em letras garrafais, em todos os locais por onde os nossos jogadores passam:
"Nada é mais importante que a perseverança, nem o próprio talento".
E já agora, um pouco mais de humildade, também vinha a calhar.
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